Carta de Bertlim Mawa
Tenho lutado com os meus acordares.
Toda vez que as pálpebras se erguem,
o pensamento está lá,
levanta-se e caminha com os meus passos.
É como se ele tivesse pernoitado no canto do quarto
É como se ele tivesse pernoitado no canto do quarto
a espera de eu acordar.
Sorrir dói-me!
Destreinaram-se os músculos da face.
O livre-arbítrio mutilado,
nem por educação consegue pôr-se de joelhos.
Estou apenas a existir.
A vida perdeu graça!
Rodeiam-me pedidos que são ordens,
agradecimentos que são mera formalidade.
Chamam de civismo a esse desamor.
Marcos André
Chamam de civismo a esse desamor.
Marcos André
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