Seria a beleza bruta, uma textura a desenvolver dentro de nossa alma?

                                                                   Imagem: Zé Suassuna

Seria a beleza bruta, uma textura a desenvolver dentro de nossa alma?

Por (Claudiane Ferreira)


"A beleza está nos olhos de quem vê ." Existiu um momento na minha vida que ouvi essa frase dos lábios de meu marido, bem, mais esse detalhe não vem ao caso. 

O fato é que assim que me deparei no Facebook com o click do José Suassuna, de título "capim", foi paixão a primeira vista, copiei a imagem e pensei a princípio criar um haicai. Uma semana depois, ao apreciar mais uma vez a imagem, do nada me veio a frase que dá inicio a esse texto. E com a frase pipocaram relâmpagos cravejados de alguns possíveis absurdos... 

E esses me remeteram a uma conversa que eu e ele tivemos há bastante tempo sobre uma imagem que havia me mandado, onde apareciam mãos de uma pessoa.  Eu havia deduzido serem mãos de um militar do sexo feminino a lavar búzios em um poço. E na verdade era um bebedouro e as mãos eram de um militar do sexo masculino. O que havia imaginado serem unhas pintadas eram unhas sujas de graxas. Foi aí que o Zé Suassuna saiu com essa máxima “parei de tecer ideias e conceitos". E fiquei a pensar que na maioria das vezes não prestamos muita atenção na sensação provocada, preocupados estamos em rotular.

Parar de formatar tudo que vemos, ouvimos, não seria essa a essência que nos levará a progressão humana?  Muitas são as pessoas que frequentam uma academia para melhorar o corpo físico, por que será que ainda ninguém pensou em montar uma academia para aperfeiçoarmos nosso modo de olhar para as coisas? De senti-las? 



Tem pessoas como é o caso do fotografo Suassuna, que consegue extrair e eternizar elementos que a princípio não olharíamos com deleite... Por que será que a maioria de nós  condicionamos a um olhar digamos "mesquinho?"

Lembre-se tudo na vida é questão de estarmos ou não abertos para  novas experiências. 

Claudiane Ferreira

  
"Tal como a rosa de Jericó, uma verdadeira flor do deserto, que pode permanecer muito tempo sem receber água com a aparência de uma planta feia e inanimada, mas que desabrocha com a primeira gota de chuva, o homem verdadeiro pode renascer no deserto da existência material."


 Rijckenborgh, J.v e Petri, C.d.

Convido-o a assistir a "metamorfose" da rosa de Jericó -  Deserto do Saara


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