É MINHOCA, MAS CHAMAM DE METRÔ



Coisa engraçada é esse tal de metrô, pela manhã na periferia, é aquele monte de gente correndo e andando, uns desesperados e outros gritando, e todos caminhando para um mesmo lugar.
É um buraco pequeno na boca do chão, parece milhões de formigas indo pra produção.  E é um sumidouro esquisito, que vão entrando e saindo como as abelhas e também os mosquitos, quando sobrevoam na colmeia ou na carniça.
E vai entrando gente que não acaba mais, sei lá pra onde, mas dizem que vão trabalhar, a coisa é tão engraçada que resolvi um dia segui-los. Quase pirei e me deu agonia, uma minhoca surgiu e engoliu todo mundo, eu sem querer fui engolido também, aquele empurra-empurra e hipnotizados, uns com cheiro de inhaca e com perfume quase ninguém!  E lá dentro todo mundo espremido e vez ou outra no ar aquele treco fedido. Por onde ela ia passando, ia engolindo mais gente, uns bem educados outros menos inteligentes, mas de repente, a minhoca começou a passar mal e vomitar alguns por todo o caminho, também pudera, porca do jeito que é! A comer tudo o que se vê pela frente e até eu fui em algum momento cuspido também... E ela continuou a engolir mais pessoas, até onde? Sei lá eu.

 Osny Alves

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