PALAVRAS

                                                      Imagem Google
(Por Leny Mell)
Um pensador indiano uma vez perguntou aos seus discípulos, o por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?  Gritam palavras malditas, com endereço certeiro, gritam feito carteiros, ouvindo bem o coração. Enrijecendo veias e artérias, causando o óbvio, causando o óbito. Palavras que criam limo, cobrindo o brilho de sua vida, estampando na tez uma palidez, que se vê com nitidez.
Como enfrenta-las? Se muitas vezes elas veem de quem mais amamos. O que antes eram falas mansas, suaves. E continua o pensador indiano: " – Os enamorados quando estão apaixonados o coração está próximo, a distância entre eles é pequena, não gritam, apenas sussurram." Então pergunto eu: Por que o grito agora? Se ainda não temos problemas de audição!
Continua o pensador indiano: " – Quando se discute, o coração de ambos se afastam, a distância é grande, que é preciso gritar para ouvir um ao outro. E muitas vezes essa distância não tem mais volta." O que sobra? Desencanto... O príncipe e a princesa viram sapos, o conhecer o então desconhecido, é percorrer um outro caminho. O acordar das palavras malditas, antes adormecidas. Palavras estranhas num domingo pela manhã, ao invés de um bom dia.

Um bom dia que virou sapo, foi para o brejo junto com o beijo. Palavras que não tem mais como voltar. E o único jeito é cala-las com mais uma última palavra: um FIM.

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